Saldonha já foi uma "grande" e próspera aldeia, com a família Meneses Cordeiro. É uma pena que esteja um pouco votada ao abandono e ao esquecimento. De vez em quando, gosto de ir até lá, pois tem 3 excelentes casas de turismo de habitação. Costumo fazer muita publicidade à aldeia, junto de amigos e no meu Blog. Aquilo é lindo e é curioso que conheço pessoas de lá que foram viver para o Porto e Lisboa e que raramente lá vão, porque detestam as suas origens. É de lamentar. Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Vivi na Saldonha fin dos anos 50 e nos primeiros de 60, e não lamento que muitos dos seus habitantes tenham ido saber de vida melhor. A Verdadeira sabe que nesses anos o que a Saldonha tinha de grande era a concentração de 'escravos' que trabalhavam do nascer ao por do sol quase de graça! Que uma parte da geira que recebiam voltava ao Dr Cordeiro que vendia ao povo os produtos da terra por eles produzidos. Havia a familia Cabral e os Russos, que conseguiam uma certa independencia, todo o resto do povo trabalhava para a 'Casa Grande', era pois trabalhar e calar. Nos tempos do Humberto Delgado, o povo votou como quiz, o Dr viu o que o povo votou e no dia seguinte voltou a votar mas como o Dr Cordeiro quiz, ou deixariam de ter trabalho. Quem era este Doutor? de onde veio? Meu avô dizia te-lo visto chegar de Espanha com as calças rotas no cu, mas era Doutor. O termo da Saldonha não tinha eira nem beira. Com o apoio politico desses tempos não foi dificil registar a seu nome os melhores terrenos agricolas da região. A D. Antonia, sua filha, com a ajuda da igreija, controlava o povo feminino, o Dr ameaçando dar as geiras ao povo de Peredo ou Castro Vicente, transformava o povo da Saldonha num autentico rebanho de doceis ovelhas. E a fortuna foi assim feita. Tenho muitas saudades da Saldonha, voltar a lembrar o que la passei é para mim um sonho. Criticar quem a deixou procurando vida melhor... não estou de acordo. Quem sabe se um dia nos entrontre-mos discutindo a sombra dos freixes, sobre esse passado dificil do povo da Saldonha, que nos ficou no coração.
Saldonha já foi uma "grande" e próspera aldeia, com a família Meneses Cordeiro. É uma pena que esteja um pouco votada ao abandono e ao esquecimento. De vez em quando, gosto de ir até lá, pois tem 3 excelentes casas de turismo de habitação.
ResponderEliminarCostumo fazer muita publicidade à aldeia, junto de amigos e no meu Blog.
Aquilo é lindo e é curioso que conheço pessoas de lá que foram viver para o Porto e Lisboa e que raramente lá vão, porque detestam as suas origens.
É de lamentar. Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Vivi na Saldonha fin dos anos 50 e nos primeiros de 60, e não lamento que muitos dos seus habitantes tenham ido saber de vida melhor. A Verdadeira sabe que nesses anos o que a Saldonha tinha de grande era a concentração de 'escravos' que trabalhavam do nascer ao por do sol quase de graça! Que uma parte da geira que recebiam voltava ao Dr Cordeiro que vendia ao povo os produtos da terra por eles produzidos. Havia a familia Cabral e os Russos, que conseguiam uma certa independencia, todo o resto do povo trabalhava para a 'Casa Grande', era pois trabalhar e calar. Nos tempos do Humberto Delgado, o povo votou como quiz, o Dr viu o que o povo votou e no dia seguinte voltou a votar mas como o Dr Cordeiro quiz, ou deixariam de ter trabalho. Quem era este Doutor? de onde veio? Meu avô dizia te-lo visto chegar de Espanha com as calças rotas no cu, mas era Doutor. O termo da Saldonha não tinha eira nem beira. Com o apoio politico desses tempos não foi dificil registar a seu nome os melhores terrenos agricolas da região. A D. Antonia, sua filha, com a ajuda da igreija, controlava o povo feminino, o Dr ameaçando dar as geiras ao povo de Peredo ou Castro Vicente, transformava o povo da Saldonha num autentico rebanho de doceis ovelhas. E a fortuna foi assim feita. Tenho muitas saudades da Saldonha, voltar a lembrar o que la passei é para mim um sonho. Criticar quem a deixou procurando vida melhor... não estou de acordo. Quem sabe se um dia nos entrontre-mos discutindo a sombra dos freixes, sobre esse passado dificil do povo da Saldonha, que nos ficou no coração.
Eliminar